domingo, 22 de abril de 2012

Senta que lá vem história

Você já ouviu falar no termo “storytelling”? Na verdade, para quem sabe um pouco de inglês, este é bem autoexplicativo, ou seja, é o ato de contar histórias. O conceito ainda não é muito popularizado, mas a cada dia que passa, vem ganhando notoriedade no mercado de negócios.

O termo nasceu na Inglaterra, porém foi desenvolvido e difundido nos EUA. Cada vez mais Organizações percebem que contar histórias relacionadas com a mesma, ajuda a promover produtos e inspirar o público interno. O grande “Q” da questão é possuir o know-how de como transformar uma boa história significativa para os funcionários. A criatividade é livre, não há padrões a serem seguidos.

É de grande importância saber diferenciar as palavras “history” e “story”, segundo Bruno Scartozzoni, que também esclarece o assunto em seu blog. A primeira está relacionada a fatos reais, como a Guerra Fria ou a Ditadura Militar, no Brasil. Já a segunda, é uma estrutura narrativa, geralmente ligada à ficção. Na língua portuguesa, escreve-se “história” para ambos os casos.

Segundo Scartozzoni, contar uma história é encadear eventos de maneira lógica, dentro de uma estrutura com certos padrões que, de forma muito resumida, são:
- Uma quebra de rotina. Histórias são sempre sobre eventos extraordinários. A não ser em “filmes de arte”, não há motivo para contar uma história sobre o cotidiano.
- Pelo menos um protagonista, que é o personagem com o qual as pessoas devem se identificar. Ele sempre deve estar buscando algo.
- Pelo menos um antagonista, que pode ser desde um super-vilão estereotipado até uma sociedade inteira, uma doença, o tempo etc. O importante é criar obstáculos para o protagonista.
- Conflito, ou seja, a tensão desse embate entre os elementos opostos. É isso que segura a atenção do público.
- Uma sequência de eventos com começo, meio e fim, passando por pelo menos um climax. O famoso "plot", essencial para que a história faça sentido para as pessoas.

Storytelling organizacional é planejar e realizar narrativas dinâmicas, envolventes e que agreguem algo aos públicos de interesse, relacionando suas vidas com a Organização. Sendo assim, o papel do profissional que implantará a Comunicação Interna, é sustentar e fornecer suporte para a liderança da empresa, que deve se preocupar em manter o processo contínuo, para gerar mais eficácia. Memória e história são as palavras-chave para o sucesso dessa ferramenta.

Segue abaixo um exemplo de storytelling que a Coca-Cola fez. Pode parecer uma simples propaganda, mas ao analisarmos de acordo com o conceito apresentado, podemos perceber que a história contada é da fabricação dos produtos, com muito amor e graciosidade, afetando o consumidor, e ainda por cima, alcançar o objetivo inicial: atingir a todos os públicos, com uma boa história.


http://www.youtube.com/watch?v=R1NnyE6DDnQ&feature=results_main&playnext=1&list=PL046C2BD11AE7A1C6

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