De tempos em tempos um termo de negócios cai nas graças do meio administrativo. A moda da vez é o Empowerment, em uma tradução arriscada, algo como “empoderamento”. Resumidamente, significa uma prática adotada pela liderança incentivando os funcionários a liberarem seus conhecimentos, habilidades e energia e assumirem a responsabilidade por suas tarefas agindo como donos do negócio, com autonomia suficiente para diagnosticar e tomar decisões com agilidade.
E é ótimo que o tema seja discutido, explorado e aplicado,
mas como quase tudo na moda, algo que pode trazer um resultado incrível, se mal
coordenado, traz uma combinação desastrosa.
#Vocêestáfazendoissoerrado
Muitas vezes, o que se vê é a confusão de Empowerment com desordem, desalinhamento
ou pura e simples delegação. A aplicação correta do conceito, também pode
esbarrar nos egos inflados, insegurança pessoal e na falta de crença entre os
pares.
Ainda pode ocorrer, como no exemplo da tirinha, a tentativa
da implantação de empowerment só porque está na moda, sem que seja compatível
com o estilo da liderança ou da empresa. Quando isso ocorre, soa falso e os
funcionários serão os primeiros a boicotarem. Trata-se de um avanço muito
grande para ser imposto. Precisa ser conquistado. E é nesse contexto
problemático que perguntamos:
Como a
Comunicação Interna pode intervir?
Primeiro, em parceria com o RH, conscientizando a liderança
que toda nova técnica acarreta em novos comportamentos. Alguns deles são:
desenvolvimento de confiança; maior tolerância inicial a erros; fixação de
metas; criação de um ambiente favorável a novas ideias; avaliação continua e
iniciativas de motivação.
O empowerment
também influencia diretamente e positivamente na comunicação interna, como
explica Ivanildo Araújo Ferreira, diretor da New Ways do mercado de sistemas de qualidade e produtividade, em
entrevista ao Portal
RH:
“O sucesso do Empowerment
depende de uma comunicação franca e transparente. Os liderados precisam saber o
que está acontecendo na empresa, no mercado e quais os planos e estratégias
para superar as dificuldades. O desenvolvimento da confiança faz-se necessário
no plano profissional e pessoal. O canal de comunicação entre empresa e
funcionário e entre líderes e liderados melhora muito, pois o medo, que antes
pairava na organização, aos poucos vai desaparecendo e, à medida que isso
acontece, os funcionários tornam-se mais participativos, comunicativos e
pró-ativos. Os líderes passam a entender que o seu sucesso depende do sucesso
de seus liderados, podendo aumentar sua área de ação”.
Assim, sabe-se que o empowerment
está dando certo quando se torna perceptível uma inversão da pirâmide
hierárquica e têm-se os líderes servindo aos seus subordinados, isto é, a
liderança assumindo um papel de educador, facilitador e integrador, ajudando
seus funcionários a sentirem-se fortes e responsáveis. Nesse sentido, os
líderes tem que acompanhar todo o desenvolvimento provendo apoio e todos os
recursos para que o time alcance as metas da equipe.
Enfim, um termo novo e estrangeiro para o bom e velho ditado
brasileiro:
“Não
basta dar o peixe, tem que se ensinar a pescar”.
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